sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Quanto rende o FGTS?

É melhor retirar fundos do Fundo de Garantia e usá-los para outros fins, ou mantê-los no banco para continuar devolvendo-os? Confira!



O governo federal anunciou recentemente novas regras para retirada das contas do FGTS. A partir de agora, o trabalhador poderá fazer retiradas anuais, mesmo que não entre em situações que permitam a retirada de recursos, como demissão sem justa causa, aposentadoria ou hipoteca.

O FGTS atua como uma espécie de economia. Seu saldo é constituído por depósitos mensais, que correspondem a 8% do valor do salário do empregado, além da receita. O empregador faz esses depósitos em uma conta aberta na Caixa Econômica Federal em nome do funcionário, e esses pagamentos não podem ser deduzidos do salário.

Os depósitos devem ser feitos antes do dia 7 de cada mês. O FGTS tem direito a todos os trabalhadores contratados pela CLT, trabalhadores rurais, trabalhadores intermitentes, temporários, trabalhadores independentes, atletas profissionais, gerentes não empregados e trabalhadores domésticos.

O objetivo do Fundo de Garantia é fornecer ao trabalhador mais segurança. Isso significa que retirar todo o saldo da sua conta pode representar um risco no futuro devido a circunstâncias imprevistas, como doença ou desemprego. Então, é melhor retirar o dinheiro e usá-lo para outro fim, ou mantê-lo no banco para continuar retornando?

Desempenho do FGTS
A Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, que estabelece o FGTS, dispõe que os depósitos feitos em contas vinculadas devem ser atualizados monetariamente a cada 10 meses de cada mês. O reajuste do fundo é de 3% ao ano mais a taxa de referência (TR). No entanto, essa taxa, estabelecida pelo governo, é restabelecida desde 2017. Em outras palavras, a receita do FGTS atualmente é de apenas 3% ao ano.

Vinte anos atrás, as receitas do FGTS eram inferiores à inflação. Desde 1999, o FGTS apenas apresentou desempenho superior à inflação em 2006 e 2017. Segundo o índice nacional de preços ao consumidor, a previsão para inflação para 2019 é de 3,27% no ano. Como resultado, os recursos do FGTS atualmente apresentam desempenho real negativo.

Mesmo as poupanças, que geralmente têm retornos mais baixos do que outros tipos de investimentos financeiros, pagam em média 4,5% ao ano (o que equivale a 70% da taxa Selic + TR), ou seja - dizer que ela tem um retorno melhor do que os recursos do banco. FGTS

O que fazer com a retirada do FGTS?
Como os retornos do FGTS são baixos, na prática esse dinheiro pode acabar perdendo valor ao longo do tempo. Os especialistas recomendam que os trabalhadores retirem o FGTS e o usem para pagar ou renegociar dívidas, especialmente aquelas com taxas de juros mais altas, como cartões de crédito e descobertos. Portanto, se o trabalhador tiver um nome sujo, ele poderá deixar o registro negativo.

Outra opção, se o trabalhador não tiver dívidas a pagar, é fazer investimentos para obter maior receita financeira. Dessa forma, você pode investir o dinheiro em outras opções que garantam um retorno mais alto e que você pode sacar se necessário. É o caso do Tesouro Selic, do Certificado de Depósito Bancário (CBD), dos fundos de renda fixa ou das bolsas de valores.

O dinheiro também pode ser usado para outros projetos, como o pagamento inicial de uma propriedade, reforma ou troca de carros. O programa Minha Casa Minha Vida, por exemplo, fornece financiamento habitacional com recursos do FGTS.

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